terça-feira, 30 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Organiza o Natal
Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.
E será Natal para sempre
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.
E será Natal para sempre
(Carlos Drummond de Andrade)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
O mundo dá voltas...
As vezes, nós dizemos "O mundo dá voltas" mas não sabemos o verdadeiro motivo de dizermos isso, sabemos que é porque de acordo com estudos ele gira, isso é algo óbvio.
Mas e o nosso mundo? E as coisas do nosso dia-a-dia?
Acredite, o Mundo dá voltas..
E eu tirei a Prova disso!
Várias Vezes!
Mas a mais recente delas, é um fato, até que engraçado, de coisa adolescente e infantil, mas que me fez refletir, sobre algumas coisas da vida.
Como por exemplo, quais as metas que eu devo focar.
O que eu realmente tenho que dar valor, e saber qual o valor certo.
E acho que não só eu aprendi isso, como tento demonstrar para as pessoas que estão de alguma forma envolvidas.
Não nego que já "cantei essa bola" faz um tempo.
E sei que estive certa todo o tempo, nunca fui falsa, tanto que agora todos que um dia estiveram para lá, hoje voltam arrependidos.
Sim, o orgulho fala mais alto, o ego também, mas foi isso que me fez sobreviver até hoje, mesmo depois de humilhações e exclusão.
Não somente isso, eu tenho amor próprio, tenho família e amigos de verdade(por que agora eu sei quem é amigo de verdade), Tenho Amor de Verdade.
Porém não foi este momento de "turbulência" que me fiz parar no tempo, eu vivi!
E hoje to aqui, firme e forte.
E é isso que tenho para mostrar...
Muitas vezes achamos que o mundo está contra nós, que vamos ficar só (e eu tenho muito medo de ficar só),mas nunca se pode perder a esperança.
Minha Avó diz: "Se você fala a verdade, mesmo que todos estejam contra você, uma hora ela será revelada."
Essa é a verdade!
Portanto...
Bola pra Frente!
Viva sua vida!
Mas e o nosso mundo? E as coisas do nosso dia-a-dia?
Acredite, o Mundo dá voltas..
E eu tirei a Prova disso!
Mas a mais recente delas, é um fato, até que engraçado, de coisa adolescente e infantil, mas que me fez refletir, sobre algumas coisas da vida.
Como por exemplo, quais as metas que eu devo focar.
O que eu realmente tenho que dar valor, e saber qual o valor certo.
E acho que não só eu aprendi isso, como tento demonstrar para as pessoas que estão de alguma forma envolvidas.
Não nego que já "cantei essa bola" faz um tempo.
E sei que estive certa todo o tempo, nunca fui falsa, tanto que agora todos que um dia estiveram para lá, hoje voltam arrependidos.
Sim, o orgulho fala mais alto, o ego também, mas foi isso que me fez sobreviver até hoje, mesmo depois de humilhações e exclusão.
Não somente isso, eu tenho amor próprio, tenho família e amigos de verdade(por que agora eu sei quem é amigo de verdade), Tenho Amor de Verdade.
Porém não foi este momento de "turbulência" que me fiz parar no tempo, eu vivi!
E hoje to aqui, firme e forte.
E é isso que tenho para mostrar...
Muitas vezes achamos que o mundo está contra nós, que vamos ficar só (e eu tenho muito medo de ficar só),mas nunca se pode perder a esperança.
Minha Avó diz: "Se você fala a verdade, mesmo que todos estejam contra você, uma hora ela será revelada."
Essa é a verdade!
Portanto...
Bola pra Frente!
Viva sua vida!
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
S O L I D A R I E D A D E
Um ato de amor. Que mostra quão Humano você é.
É comum nas grandes tragédias, quando se vê o espírito de solidariedade impregnado em cada rosto anônimo, em cada gesto esboçado na tentativa de poder "reverter" tal acontecimento. A solidariedade é, sem sombra de dúvidas, a forma mais bonita de alguém expressar o seu amor ao proximo.
É comum nas grandes tragédias, quando se vê o espírito de solidariedade impregnado em cada rosto anônimo, em cada gesto esboçado na tentativa de poder "reverter" tal acontecimento. A solidariedade é, sem sombra de dúvidas, a forma mais bonita de alguém expressar o seu amor ao proximo.
A união que faz a Diferença!
Acesse Globo.com, e saiba como ajudar uma causa tão nobre!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Dia Mundial de Luta contra a Aids
P R E V I N A - S E
Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de incidência entre pessoas acima dos 50 anos dobrou entre 1996 e 2006, passando dos 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7. A maioria dos casos de Aids, porém, ainda está na faixa etária de 25 a 49 anos. Dos 47.437 casos notificados desde o início da epidemia em pessoas acima dos 50 anos, 29.393 (62%) foram registrados de 2001 a junho de 2008. Desse último grupo, 37% são mulheres e 63% homens.
Dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST mostram que de 1980 a junho de 2008 foram registrados 506.499 casos no Brasil, sendo que nesse período ocorreram 205.409 mortes em decorrência da doença. A epidemia no país é considerada estável, sendo que a média anual de casos entre 2000 e 2006 é de 35.384.
Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas. Do acumulado, a Região Sudeste é a que tem o maior percentual de notificações, 60,4% (305.725 casos). O Sul concentra 18,9% (95.552), o Nordeste 11,5% (58.348), o Centro-Oeste 5,7% (28.719) e o Norte 3,6% (18.155).
A sobrevida das pessoas que vivem com Aids nas regiões Sul e Sudeste dobrou entre 1995 e 2007, sendo que o tempo médio de vida de adultos passou de 58 meses para mais de 108 meses.
Fonte: G1
Assinar:
Postagens (Atom)